domingo, 28 de julho de 2013

Fotos da posse do Pr. Luiz Carlos na AD em Triunfo Potiguar-RN.

Lição 05

AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
Texto Áureo: Fp. 2.13 – Leitura Bíblica: Fp. 2.12-18

Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
A humildade é apenas uma entre outras virtudes a serem desenvolvidas
 pelos salvos em Cristo. Na lição de hoje apontaremos algumas outras
 apresentadas por Paulo aos Filipenses, dentre elas destacamos:
 ausência de murmuração e contenda, conduta irrepreensível, sinceridade
 e fidelidade. Ao final, ressaltaremos, com o Apóstolo, a necessidade
 do sacrifício na obra de Deus, trabalhando com alegria, mantendo o foco
 na eternidade.

1. A OPERAÇÃO DA SALVAÇÃO
A salvação é uma dádiva de Deus, ninguém é salvo por méritos pessoais
 (Ef. 2.8,9; I Pe. 1.18,19). Mas muitas pessoas esquecem que precisam
 desenvolver a salvação (Ef. 2.10). Não somos salvos por causa das
 boas obras, mas para as boas obras, para que andemos nelas. Essa é
 a admoestação de Paulo, para que os crentes trabalhem a salvação deles,
 com temor e tremor. Paulo não estava mais entre os filipenses, esse seria
 o momento de eles exercitarem a fé, demonstrarem maturidade. Muitos
 crentes nas igrejas são eternamente dependentes dos seus líderes, como
 um filho que precisa ser alimentado. Mas isso é uma deficiência, os
 verdadeiros cristãos amadurecem, são capazes de seguir adiante,
 mesmo nas situações adversas. A salvação começa com Deus, mas o
 homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo-a (I Co. 3.6-9). O desenvolvi-
mento da salvação se dá por meio da santificação, que é um trabalho conjunto
 do ser humano com o Espírito Santo (Rm. 8.9-17). O cristão
 genuíno investe no seu amadurecimento espiritual, luta contra sua natureza
 pecaminosa (Rm. 14.18; I Co. 9.24-27; I Tm. 6.12). O modelo ideal a ser
 perseguido é o de Jesus Cristo, Deus deseja que sejamos semelhantes
 a Ele no caráter (Rm. 8.29). A expressão “com temor e tremor” revela
 a grandeza de Deus, principalmente Sua santidade, por isso os crentes
 devem temer ofendê-Lo. Mas isso nada tem a ver com um temor servir,
 um pavor que nos distancia dEle. Paulo diz aos crentes de Roma que
 eles não receberam um espírito de escravidão (Rm. 8.15). Tememos,
 e trememos diante de Deus, por causa do Seu amor gracioso. E 
confirmarmos que o Senhor está trabalhando em nossas vidas através
 do Seu Espírito (Rm. 8.3,4; II Co. 3.4-6). O Espírito Santo opera na
 Sua igreja para que essa realize as obras que Ele deseja (I Co. 12.4-7).

2. AS VIRTUDES DA SALVAÇÃO
A salvação é demonstrada através de virtudes, a respeito das quais Paulo
 também orientou os gálatas, denominando-as de fruto do Espírito (Gl. 5.21,22).
 O fruto do Espírito conduz o cristão à obediência, a fim de fazer as coisas que
 Deus determinou, sempre sem murmurações ou contendas. Há um problema
 quando as coisas são feitas com motivações erradas nas igrejas locais.
 Muitas congregações estão sofrendo porque as pessoas fazem, mas por
 vanglória.
 A disputa por cargos nas igrejas está adoecendo muitos crentes, e as
 congregações, por causa das divisões e partidarismos (Fp. 2.3,4). A
 palavra murmuração, em grego, é goggysmos, diz respeito à reclamação,
 resultado de rebelião e infidelidade. Esse sentimento esteve presente entre
 os filhos de Israel ao longo da peregrinação pelo deserto (I Co. 10.10; Nm.
 11.1-6). Contendas, dialogismoi em grego, descreve as disputas desnecessárias,
 que conduzem às dúvidas. Esse tipo de atitude é reprovada por Paulo porque
 nada tem a ver com o sentimento que havia em Cristo (Fp. 2.5). Ao invés
 de viverem em murmurações e contendas, os crentes devem se voltar
 para o que é sublime, buscarem ter uma vida irrepreensível, serem inculpáveis
 em meio a uma geração perversa (Fp. 2.14,15). A palavra irrepreensível no
 grego é amemptos e expressa pureza, comportamento digno de um seguidor
 de Cristo. Isso diz respeito à reputação, mas não é suficiente, é preciso
 também desenvolver o caráter, a sinceridade, akeraios em grego. Essa palavra
 era usada para diferenciar o vinho ou leite puros, sem mistura de água.
 Sendo também inculpáveis, amomos em grego, os crentes se apresentam
 diante de Deus imaculados, como um sacrifício vivo, experimentando a boa,
 perfeita e agradável vontade de Deus (Rm. 12.1,2). Diante dessa geração
 corrompida pelo pecado, o cristão deve resplandecer, sendo sal da terra e
 luz do mundo (Mt. 5.14-16). Por fim, mas não por último, a salvação deve ser
 demonstrada através de uma fidelidade inegociável a palavra da vida. Cristo
 é a própria Palavra da Vida, o Verbo que se fez carne (Jo. 1.1; I Jo. 1.1). Os
 crentes são súditos de Cristo, Aquele que recebeu um nome que está acima
 de todos os nomes, o Rei dos reis. Por isso, a igreja deve se manter
 fiel a Sua palavra, e trabalhar a partir dos Seus ensinamentos. Após o
 arrebatamento Jesus estabelecerá seu julgamento das obras, a fim de
 avaliar as motivações dos trabalhos, se não tivermos objetivos corretos,
 teremos trabalhado em vão (Fp. 2.16).

3. ALEGRIA DA SALVAÇÃO
Paulo é um exemplo de alguém que trabalhava na obra de Deus com
 uma motivação correta. Ele está disposto, se necessário fosse, a ser
 “oferecido por libação sobre sacrifício e serviço” da fé dos filipenses.
 Nem todos nesses dias atuais, marcadores pela mercantilização do
 evangelho, são afeitos a esse tipo de sacrifício (II Tm. 4.6). O Apóstolo
 usa uma metáfora do serviço, do culto, comparando-se a um holocausto,
 uma oferta a Deus, na vida ou na morte (Nm. 15.5,7,10). A palavra grega
 é leitourgia, e refere-se a um culto sacrificial, no qual se apresenta ofertas.
 Diferentemente de muitos obreiros dos dias modernos, Paulo mantinha o 
foco do seu trabalho na eternidade. Ele sabia que um dia prestaria
 contas a Cristo pelo trabalho realizado. O Apóstolo dos gentios
 não apenas está disposto a entregar Sua própria vida por amor a Cristo,
 em serviço dos irmãos, mas também a fazê-lo com alegria. O obreiro
 do Senhor não pode ter medo da morte, ainda que não deva buscá-la.
 Ele sabe que está trabalhando para um Deus que tem tudo em Suas mãos.
 Nada que venha a acontecer fará com que o servo de Deus venha a perder
 a esperança. Seja na vida, ou na morte (Fp. 2.17), o trabalhador na seara
 do Mestre sabe que está plantando para a eternidade. Muitos hoje em dia
 somente se interessam pelo prêmio temporal, alguns deles já estão
 recebendo seu galardão, nada mais receberão na glória. Essa é a alegria
 do cristão, não está fundamentada nas circunstâncias. Essa é a alegria,
 chara em grego, do Espírito, que independe das condições, sejam
 elas favoráveis ou desfavoráveis. O problema de muitos crentes modernos
 é que querem felicidade, não alegria, mas não fomos chamados para ser
 felizes, mas para ser alegres. A primeira depende das circunstâncias,
 a última está alicerçada em Deus, a fonte de toda alegria.

CONCLUSÃO
Deus iniciou uma boa obra em nossas vidas, e certamente levará adiante,
 mas não sem antes nos conduzir à maturidade. Toda construção exige
 sacrifícios, e não poucas vezes, mudanças drásticas. A fim de produzir
 Seu fruto em nós, e aprimorar as Suas virtudes, o Espírito Santo alterará os
 percurso dos nossos planos. Mas não temos motivo para nos desesperar,
 antes estejamos alegres, sobretudo confiantes, pois Deus sabe o que está
 fazendo.


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